terça-feira, 16 de agosto de 2011

Rapidinhas do Cozinha News: Ponto para o PV!

Vereadores de São Paulo desfiliados do PSDB farão parte do Partido Verde

Gilberto Natalini, Ricardo Teixeira e Dalton Silvano irão se filiar ao Partido Verde. Segundo informações confirmadas, os vereadores que atualmente compõem a Câmara Municipal de São Paulo apoiarão a candidatura de Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho á Prefeitura do Município nas próximas eleições. Gilberto Natalini divulgou em seu twitter que sua afiliação ocorrerá na próxima sexta-feira, 19/08.

Atualmente, Eduardo Jorge é secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente e membro do Partido Verde (PV) desde o ano de 2003.

O presidente da Casa, José Police Neto, que também saiu do PSDB neste ano, ainda segue sem partido.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Vale tudo por uma notícia? Para o grupo de Rupert Murdoch, sim

Última edição do News of the World

       Os principais tablóides britânicos estão novamente envolvidos em polêmica. The Sun, News of the World e outros principais veículos de comunicação do mega empresário da comunicação Rupert Murdoch são acusados de grampos telefônicos ilegais para obterem notícias exclusivas. Perguntamos a você, caro leitor desse singelo blog, vale tudo por uma boa manchete? Muitos lacrimejam seus olhos de emoção quando leem uma notícia bombástica, mas sequer ligam para como ela foi produzida.
       A imprensa mundial se volta  para o império da comunicação erguido por Murdoch, e que começa a ruir. Os grampos ilegais atingiram também, segundo jornais britânicos, a família de Jean Charles de Menezes, brasileiro morto pela polícia londrina por ser confundido com um terrorista. Além do brasileiro, Gordon Brown, ex-primeiro ministro do Reino Unido, também foi vítima de escutas ilegais.

            Nos Estados unidos também existem investigações para descobrir se parentes das vítimas do 11 de Setembro foram grampeadas pelos veículos de Murdoch. Na terra do tio Sam, o empresário controla os jornais The Wall Street Journal, New York Post e a rede de televisão Fox News. Segundo jornais americanos, o FBI entrou nessa investigação.
           O escândalo fez com que o tablóide News of the World, com mais de 150 anos de história, fosse fechado. Especula-se que policias da Scotland Yard estejam envolvidos, acusados de favorecimento nas ilegalidades. Junto com eles, foram presos funcionários do grupo News Corporation, que controla os jornais, como Andy Coulson, editor e chefe do jornalista Sean Hoare, autor das denúncias e que misteriosamente apareceu morto nesta semana, Rebecca Brooks, ex-editora do grupo e mulher de confiança de Murdoch, acusada de grampos e suborno, e o chefe da Scotland Yard, Paul Stephenson, por empregar membros do grupo do empresário. Rebecca e Andy já estão em liberdade por pagarem fiança.
           Enquanto no Brasil os jornais sofrem com censura, como no caso do jornal o Estado de São Paulo, empresas jornalísticas mundo afora fazem o que for preciso para obterem leitores e status financeiro. Só que como todo bom traficante, corrupto, etc, um dia a casa cai. Grandes e poderosos homens estão sofrendo punições severas da lei dos seus respectivos países. Strauss-Kahn, por exemplo, agora mais aliviado pela contradição da camareira, gastou uma bela bolada para tentar livrar sua pele.
         Aqui, em partes, grandes empresários fazem o que querem e gozam de seus processos em suas confortáveis residências. No caso da morte de uma jornalista por Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal brasileiro citado acima, usou das brechas da lei para ficar um longo tempo em ‘prisão domiciliar”, mas que voltou para a cadeia recentemente para cumprir mais alguns poucos anos preso e voltar a sua rotina de café e bolacha.
         Esperamos que um dia o Brasil siga o exemplo dos outros países e comecem a punir os poderosos daqui, não somente os meliantes de classes menos favorecidas. Se bem que, agora, com esse novo código de processo penal, nem os menos favorecidos (que cometeram algum delito) estão ficando presos. E lembrem-se: sempre há algo atrás de uma notícia bombástica, mas pode não ser profissionalismo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por uma vida mais sustentável – Entrevista com a Engenheira Agrônoma Francisca Cifuentes

Com a exportação brasileira de grãos batendo recorde, dá para produzir sem gerar danos ao nosso planeta? Defensores e especialistas em meio ambiente, como a Engenheira Agrônoma Francisca Cifuentes, dizem que sim


Por Eliézer Giazzi

Neta de fazendeiros, Francisca Ramos de Queiroz Cifuentes, formada em 1982 pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia Manoel Carlos Gonçalves e especializada em plantas medicinais pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), venceu os preconceitos da época por não haver mulheres na profissão. Defensora dos métodos sustentáveis na produção agrícola, foi trabalhar com a fiscalização de propriedades rurais em Santa Catarina. De volta a São Paulo, se tornou membro da Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AEASP), onde ministra palestras e cursos sobre o preparo de fitoterápicos e patologias mais comuns. Atualmente é assistente parlamentar na Câmara Municipal de São Paulo, onde faz parte da Comissão Permanente de Meio Ambiente. Em uma conversa franca, Francisca fornece informações importantes sobre a sustentabilidade na produção agrícola no Brasil. Preocupada com a conservação do meio ambiente, nesta entrevista para blog Cozinha News, a engenheira agrônoma alerta sobre os riscos da destruição de nossas matas e fala sobre o novo Código Florestal, o uso dos biocombustíveis e os métodos mais adequados de produção.

COZINHA NEWS: Qual foi o principal fator para o surgimento do termo “sustentabilidade”?
Francisca Cifuentes -
O principal fator foi o crescimento populacional, ao longo do século, que atingiu um aumento inesperado. As pessoas se tornaram mais urbanas. A dedicação à agricultura, a lavoura, a manutenção tanto das criações quanto dos alimentos se tornou um campo mais restrito. Além disso, a urbanização intensa começou a gerar vários problemas climáticos, onde afeta diretamente a vida do ser humano em qualquer parte do planeta.

COZINHA NEWS: Existem defensivos agrícolas orgânicos que não contaminam o meio ambiente e que sejam eficientes?
Francisca - A indústria ainda está buscando defensivos agrícolas com menos agressividade. O que existe, porém ainda em escala simplória, é a utilização de defensivos biológicos: você introduz na lavoura um tipo de inseto que vai combater a praga. Também existe o método de rotação de cultura: você planta milho em uma determinada terra, e na safra seguinte você planta outra cultura, outro tipo de alimento. A praga não se adapta e acaba morrendo.

COZINHA NEWS: Os alimentos geneticamente modificados são prejudiciais à saúde?
Francisca -
O que existe é um grande preconceito. Não sou uma especialista no assunto, mas até onde eu sei, não gera problema. A transgenia é usada para a colheita mais rápida, para obter um grão mais resistente, um sabor acentuado, não para mudar o princípio ativo que alimenta.

COZINHA NEWS: O transporte das safras é feito por meio de caminhões, os mesmos que poluem severamente nosso ar. Qual seria o transporte ideal?
Francisca -
Um dos assuntos abordados pela atual política brasileira é o transporte dessas cargas através dos trens, assim como no tempo do café. A poluição emitida por esse tipo de transporte é praticamente zero. Então nós fortaleceríamos nossas fronteiras e gastaríamos menos combustível.

COZINHA NEWS: O presidente dos EUA, Barack Obama, citou o Brasil como exemplo na produção de álcool combustível (Etanol). Quais as suas considerações sobre o Etanol?
Francisca -
Infelizmente a cana é uma cultura que esgota a terra, é uma das culturas que mais exigem do solo. Após muitos anos de produção em uma mesma área, a terra acaba ficando inutilizável. Nós sabemos que o etanol polui menos, é mais barato, tem o apoio da tecnologia, mas também é o que mais desgasta o solo.

COZINHA NEWS: O biodiesel seria o combustível mais ecologicamente correto?
Francisca -
A vantagem na produção do biodiesel é que provém da mamona – que é considerada uma praga, que nasce com muita facilidade. É mais conveniente do que o etanol, pois não prejudica o solo. Quando nós atingirmos um nível de produção suficiente para abastecer o mercado, vai ser melhor. Mas necessitamos de carros adaptados para receber esse tipo de combustível.

COZINHA NEWS: Você se especializou em plantas medicinais na Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Qual a situação da produção desse tipo de planta hoje?
Francisca -
Em relação aos últimos três anos, a produção cresceu bastante. Antes a agricultura orgânica era uma atividade para poucos, resultando no preço alto dessas plantas. O mercado de plantas medicinais é direcionado a um público especializado. Além do tratamento alopático – que é o tradicional, as pessoas buscam melhorias através dessas plantas. Já existem programas do governo do federal que estimulam a fitoterapia (tratamento através de plantas medicinais), juntamente com outras medicinas alternativas.

COZINHA NEWS: O método utilizado para o plantio e colheita dessas plantas é sustentável?
Francisca -
Sim. Apesar de que existem poucos militando na área. O custo é um pouco mais elevado, mas dá para ser sustentável. É ecologicamente correto e perfeitamente sustentável do começo ao fim do ciclo de produção.

COZINHA NEWS: O novo código florestal foi aprovado recentemente na Câmara dos Deputados sob forte polêmica de que beneficiaria os desmatadores. Como você o avalia?
Francisca -
O que faltou nesse código foi uma reunião com técnicos, pessoas ligadas diretamente aos grandes problemas que envolvem o tema para discutir sobre o assunto. Devemos começar a cobrar nossos deputados para que coloquem emendas, adendos, para que façam melhorias nesse código. Eu sou a favor de manter os limites de preservação das margens dos córregos e dos rios. No caso da Amazônia, deveriam ser muito mais severas [leis], penalidades mais agressivas. Nós estamos arrancando pedaços do nosso pulmão.

COZINHA NEWS: Estudos revelam que 90% dos produtores atuais estão irregulares junto ao antigo código. Por quê?
Francisca -
O que falta no Brasil é fiscalização. Se houvesse fiscalização do governo e dos órgãos responsáveis, se houvesse uma lei que obrigasse os produtores a terem um profissional da área para prestar assistência técnica, ensinar, orientar, impedir que cometam erros, dar soluções melhores, mais lucrativas, que assinassem uma responsabilidade técnica, seria diferente. O profissional trabalhando, o produtor garantindo sucesso e a terra preservada.

COZINHA NEWS: Os grandes produtores terão que ter 80% de área preservada em região amazônica. É pouco?
Francisca -
Honestamente, sim. Mas isso envolve outras escolhas. As pessoas que adquiriram propriedades têm o direito pátrio de exercer o que quiser. A lei é limitante, mas o governo há anos atrás já deveria ter o absolutismo daquela região, para não deixar expandir. As pessoas podem trabalhar em diversas áreas, tem o resto do Brasil para cultivar.

COZINHA NEWS: Os produtores cada vez mais estão aderindo à sustentabilidade. Isso seria por pura consciência ou medo de punição?
Francisca -
A lei que impera sempre. Se multar, todos obedecerão. Exemplo típico: cinto de segurança no carro. Todos começaram a ser multados e passaram a usar. Hoje é uma prática que vimos que é o melhor, que é correto. Na vida rural é a mesma coisa. A nossa consciência, infelizmente, é muito limitada, é muito imediatista. Então se não houver leis, nós não vamos conseguir progredir.

COZINHA NEWS: O Brasil é o único país que ainda tem terras para a produção. Você acha que o país sofrerá pressão de estrangeiros para que acelere a produção e exporte mais?
Francisca -
O que gera o grande desmatamento é a venda das terras para os estrangeiros, isso sempre foi um grande problema. Inclusive de evasão de divisas biológicas. Acredito que nós temos que ser mais rigorosos, o nosso governo tem que limitar a intromissão estrangeira e tem que deter o poder. Se plantarmos e detivermos o valor das produções na nossa mão, nós realmente vamos alimentar o mundo.

COZINHA NEWS: Com a sustentabilidade em pauta, novos cursos na área vão aumentar a perspectiva boa em relação à produção sustentável no país?
Francisca -
Tenho esperança que sim. Muitas pessoas têm essa vontade de fazer as coisas certas, mas não detêm o conhecimento, não sabem a quem recorrer. A partir do momento que isso se torna uma coisa mais divulgada, mais popular, nós vamos conseguir obter melhores resultados. Nós temos que aprender a reutilizar as coisas dentro de casa, só descartar quando realmente não houver mais proveito nenhum. Isso gera sustentabilidade, gera serviço, e esse serviço gera outro serviço, outro produto. Você vai fazendo o clico funcionar. A sustentabilidade é na produção, na reciclagem, na nossa própria maneira de viver a vida. Buscarmos soluções que sejam um ciclo fechado: Começo, meio e fim.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O governo Dilma e o desfalque ministerial


       Caros leitores, é com prazer que retorno ao comando deste blog depois de alguns meses em repouso absoluto com um assunto que parece ser de interesse nacional: a dura luta da presidente Dilma para nomear ministros competentes.
     Conforme estampado nos cadernos de política dos principais jornais do país, dessa vez é o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, do Partido da República (PR) – partido que possui o maior número de aloprados e fichas-sujas na política brasileira - anunciou sua demissão em meio a indícios de corrupção em obras de rodovias e ferrovias federais. E ele, infelizmente, não é o primeiro. Qual é o critério usado pela presidente para nomear ministros? Talvez essa seja a pergunta mais feita em bate-papos de botequim na história desse país, como diria nosso ex-presidente e apreciador de água ardente Luis Inácio Lula da Silva.
        Antes do ministro dos Transportes, Antônio Palocci, ex-ministro-chefe da Casa Civil e braço direito da então presidente Dilma, também abandonou o cargo e foi o principal foco de investigações devido ao seu enriquecimento instantâneo publicado em uma reportagem da Folha de S.Paulo - ministro esse que foi indicado pelo Lula, e que já havia renunciado a um cargo público durante seu governo em meio ao escândalo do mensalão. Se quem não deve, não teme, sua primeira renúncia pode confirmar o rabo entre as pernas. Mas, mesmo assim, entrou novamente esse ano na política, e com um cargo muito melhor do que antes. Por quê? Por competência política não foi. E temos certeza disso. Vai saber...
         Mesmo para eleitores da oposição, como eu, o início do governo da nova presidente pode ser considerado moderado até o momento. Dilma Rousseff vem enfrentando várias “batatas quentes” já logo no seu primeiro ano de mandato, assim como a decisão de aprovar ou não o novo código florestal, o veto a cartilha chamada de “kit gay” distribuída pelo Ministério da Educação – que também vem cometendo falhas há muito tempo, começando pelo ENEM - e a aprovação das alterações no código de processo penal que, pra muitos, é mais um benefício para bandidos. Opositores ou não, temos que admitir que seu governo está caminhando. Talvez por ser mais instruída do que o antecessor? Vamos esperar o tempo dizer. Há jornais que afirmam que a queda de Palocci faz com que Dilma e Lula fiquem mais distantes, na parte governamental, eu digo. Até porque Dilma deve conhecer de longe a porta de um apartamento localizado em São Bernardo do Campo.
         No imbróglio que é a política brasileira, muitos ainda esperam pelo pior e acreditam que o país nunca será o Brasil da ordem e do progresso, como as belas palavras que estão estampadas na nossa bandeira. Mas não podemos esquecer de que os governos lá fora não estão em bons lençóis, e que jamais imaginaríamos que o Brasil poderia ser o país dos imigrantes. Comparando economias, demos um salto muito grande em comparação com países como os EUA, maior potência do mundo, e que está em crise. Será que a “profecia” do meu avô possa vir à tona em um futuro breve? “O Brasil alimentará o mundo”, dizia o velho. Se depender da exportação de grãos, quem sabe?! A Itália pode ser a primeira da lista, já que o primeiro ministro italiano tem grande experiência na criação de galinhas, não?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SP embaixo d'água: o drama dos alagamentos na maior cidade da América Latina

Marginal Tietê completamente alagada após forte chuva
          Pois é, amigos. Basta chover para que São Paulo vire um imenso aquário, com os famosos peixes japoneses que vocês já devem ter ouvido falar.  Bueiros entupidos, córregos e rios poluídos e falta de meios para o escoamento de água das chuvas fazem com que haja pontos de alagamento, parando o trânsito e fazendo com que pessoas fiquem ilhadas dentro ou fora de suas casas.  Mas a culpa de tudo isso não é de São Pedro, né? Ou seria da Mãe Natureza?
          Não é de hoje que a cidade de São Paulo enfrenta graves problemas com as chuvas de verão. Ao longo dos anos, obras foram feitas para tentar conter o avanço das águas, mas tudo foi em vão.  Um belo exemplo foram as obras de alargamento e aprofundamento das calhas do rio Tietê.  A obra custou 1,7 bilhão para os cofres públicos.  Na época, segundo o governador Geraldo Alckmin, a probabilidade de inundação cairia de 50% para 1%, e é exatamente esse 1% que hoje faz toda a diferença. A Prefeitura também tem se movido para conter os alagamentos. Pouco, mas tem. Na época de administração da Marta Suplicy, do PT, piscinões foram criados, e o atual prefeito, Gilberto Kassab, deu continuidade nas obras. Porém, estão mau cuidados e transbordando. Aí não adianta nada, né, seu prefeito? O crescimento populacional é um dos principais fatores para que esse tipo de problema ocorra. Casas construídas em locais irregulares são sinônimo de mais cimento, e menos absorção da água pelo solo. Moradias construídas na beira de córregos e áreas de mananciais certamente farão com que diminua o espaço que o rio tem para se expandir em caso de chuva, o que faz com que a água busque novas alternativas para seu escoamento, no caso, as casas.
           Medidas corretivas vêm sendo tomadas pelas autoridades, como limpeza de bueiros, córregos, vias públicas, etc. Mas, e as preventivas? Também não podemos esquecer da boa educação do povo brasileiro. Lixeira para quê? Eles gostam mesmo é de jogar dentro dos bueiros. Agora que está em vigor a lei anti-fumo, podemos encontrar filtros de cigarro jogados em todos os locais da cidade. Essas famosas bitucas, juntas, formam uma barreira muito eficiente, que impede a passagem de águas pluviais e, juntamente com os outras coisas jogadas, faz com que os bueiros e córregos transbordem.
           Devido ao aquecimento global, a cada ano o nível de chuvas vai aumentar. Não podemos encontrar medidas de contenção baseadas só na quantidade de chuvas que aconteceram no ano vigente, mas sim para conter essas e as próximas chuvas. Se a abertura da Copa do Mundo for aqui, queira Deus que não chova. Numa possível eliminação do Brasil, seria mais estressante enfrentar as gotas de chuva do que as possíveis lágrimas. Os alagamentos aumentam na mesma velocidade das taxas e impostos pagos pelo cidadão. Se medidas não forem criadas o mais breve possível, talvez o mercado de barcos estará em alta nos próximos anos. Já que o Brasil tem o sonho de se parecer com outros países, poderíamos eleger a Veneza brasileira. Vamos lá, liguem para o Noé participar do júri.

Polícia ou bandido? Quem realmente está do nosso lado?

Alguns policiais presos na Operação Guilhotina, no RJ.
         Queridos leitores, como se já não bastasse toda a onda de violência que o Rio de Janeiro já viveu, e que ainda vive, policiais fardados que, debaixo de suas temerosas boinas e de seus característicos semblantes sisudos, que deveriam proteger a população e seus próximos estão, na verdade, a serviço do crime. Os “mocinhos” viraram os “vilões”. E agora? Devemos ter medo de quem? Da polícia ou do próprio bandido?
         Há algumas semanas, 35 policiais civis e militares foram presos, acusados de fortalecimento a grupos de traficantes, milicianos, contraventores e de darem segurança para bandidos em troca de propina. Mas não só os “soldadinhos fracos” que estavam no meio de toda essa corrupção. Junto com eles, além de uma delegada e um inspetor de polícia – que foram levados à sede da Polícia Federal para prestarem esclarecimento - o subsecretário da Ordem Pública, o delegado Carlos Oliveira, que foi subchefe de operações da Polícia Civil, é um dos principais envolvidos no esquema. Ele, anteriormente, era o responsável pelas operações contra milícias atuantes nas comunidades. Um tanto quanto irônico, não? Após as denúncias, o delegado foi exonerado do cargo. As investigações continuam, e muito mais suspeitos serão  intimados a prestarem esclarecimentos. Além dele, o chefe da Polícia Civil carioca, Allan Turnowiski, foi indiciado pela PF por vazamento de informações sobre a Operação Guilhotina e também deixou o cargo.
           Mas isso não é acontecimento exclusivo da cidade maravilhosa, em outras grandes cidades também existem “laranjas podres”. Um exemplo disso sai do caso do goleiro Bruno, aquele que planejou o assassinato da ex-namorada. O tal bola, temido por todos que depuseram e pelos vizinhos, era um ex-policial, que por má conduta foi expulso da polícia, mas que mesmo assim estava fardado e prestava serviços a um grupo de elite da polícia mineira. O Mizael Bispo, advogado e principal suspeito de matar a ex-namorada também era um policial. Ele, no caso, se aposentou por invalidez - e é daqui, da cidade mais rica da América Latina - na qual a polícia é considerada a mais preparada do país. E não esqueçamos do ex-coronel do Corpo de Bombeiros do Paraná, que matou 9 pessoas para vingar a morte do filho. Sem contar os de colarinho branco, mais conhecidos como políticos, que são de várias partes do país.
         A impunidade talvez seja um dos fatores mais relevantes para que esses tipos de delitos aconteçam. A sensação de que estão acima da lei e que por serem da lei ficariam em prisões privilegiadas levam a esse tipo de ato. No Rio de Janeiro, principalmente, os mesmos policiais que são levados à exaustão em suas atividades, e até mesmo no treinamento que antecede as ações, talvez não tenham a valorização que merecem.  Muitos deles recebem por mês apenas o suficiente para alimentar suas famílias, isso faz com que procurem outro tipo de renda. Neste caso, a se juntarem ao crime organizado. Essa atividade ilegal talvez não seja para se tornarem os “donos do morro”, ou dominar todas as favelas do estado, mas para eles uma nova opção de ganhar dinheiro.  Políticas para a remuneração dos salários dos nossos policiais talvez reduziria número de crimes desse nível. Alterações em suas cargas horárias também. Sabemos que “pau que nasce torto morrerá torto”, que quem nasceu para o mau, nunca irá para o bem, mas novas políticas talvez façam com que os bons não sejam influenciados pelos maus, o que contribuiria com a redução do número de maus policiais. Mas, como presenciamos nos noticiários, torcemos para que a própria polícia carioca destrua todos os focos de má conduta, e que não só no Rio de Janeiro, mas em todas as cidades do país, existam homens que realmente nos protejam, que beijam suas esposas e seus filhos e vão trabalhar com honra. E que ao final do dia agradeça a Deus por terem cumprido seu dever com dignidade. Ainda tenho esperança.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Internet: a bomba atômica do século XXI

           Nas últimas semanas, o assunto mais pautado na maioria dos noticiários de todo o mundo é sobre a revolução no Egito. Assim como na Tunísia, o país do continente africano conseguiu acabar com a tirania de trinta anos do então ex-presidente Hosni Mubarak -  que renunciou ao cargo em meio à protestos incansáveis do povo egípcio -  acaba de se tornar um marco da nova democracia, deixando até o poderoso Barack Obama em cima do muro: - Mubarak sai ou não sai?  Mas, como tudo começou? Qual foi o meio utilizado pelo povo para a organização destes protestos? Iremos observar nos próximos parágrafos.
       A revolução deu-se início por meio de um computador, ou computadores.   A internet foi o principal meio de comunicação utilizado para a organização das manifestações. Os egípcios acessaram, mais especificamente, as redes sociais para avisarem uns aos outros como e quando aconteceriam os atos. O Facebook - site criado por um playboyzinho americano para impressionar a namorada -  foi a grande sacada. Hoje, o site tem mais de 600 milhões de usuários espalhados por todo o mundo. Não só o Facebook, mas o twitter também entrou como principal foco. Poucos acontecimentos mundiais, e também nacionais, escapam dos “dedos fofoqueiros” dos internautas, e que depois vão para famoso Trending Topics.  A ferramenta, a cada dia, vem se tornando um meio de informação. Muitas pessoas utilizam, além dos TT’s, os perfís de empresas jornalísticas para obter informação. Desde a morte do cachorrinho famoso da socialite da esquina, até a deposição de um presidente.
          No entanto, como uma verdadeira bomba atômica, a rede mundial de computadores pode ser a destruição desse novo mundo. Não só usada para transmitir informações, também é um grande planeta ainda a ser explorado. Sim, um planeta no qual os habitantes são os hackers, e os fissurados pelo mundo digital. Muitos criminosos se utilizam de sua rapidez e anonimidade para cometerem crimes. Pedofilia, tráfico de drogas, prostituição, estelionato e muitos outros delitos podem ter início a partir da grande rede. São os dois lados da moeda, aliás, do mouse.
         Em meio a todos os benefícios trazidos por essa tão esperada ferramenta, a internet ainda é uma terra sem leis. Há quem queira restringir o seu uso e, até mesmo, censurá-la. Seria um grande tiro no pé a censura à esse poderoso meio de informação,  que por ser tão forte, estamos tendo que nos adaptar á ela, não o contrário. O seu uso se tornou um hobby, uma necessidade.  Muitos podem conseguir viver em isolamento total, desde que tenha um computador conectado, assim vemos em um comercial de uma famosa empresa de TV a cabo. Como em toda grande civilização, existem autoridades que garantem a ordem e o convívio harmonioso. Para isso, os governos deveriam investir mais em segurança virtual e intensificar o monitoramento, para que crimes como os citados acima não aconteçam. Assim como o famoso dilema da água, o mesmo pode acontecer com a internet: “Usando Bem, ninguém fica sem”.  Já existem órgãos públicos de monitoramento e prevenção à infrações online, mas ainda são menos velozes do que os próprios crimes. No futuro, a internet será o principal meio para o desenvolvimento de uma nação. Ou de todo o planeta.